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XXXVIII REUNIÃO ANUAL DA SPAIC / RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES ORAIS E DOS POSTERS
mais prevalente (40%).O diagnóstico mais frequente foi a rinite/ para Phleum pratense e Olea europaea e alergénios moleculares
rinossinusite (52%), seguido da asma (23%), coexistindo os diag- (rPhl p 1, rPhl p 5, rPhl p 7, rPhl p12, rOle e 1, nOle e 7). Os mé-
nósticos em 214 dtes (21%). A conjuntivite, o eczema atópico e a dicos foram divididos em 2 grupos: grupo 1(com <10 anos de prá-
alergia alimentar ocorreu em 13%, 7% e 5 % respetivamente. A tica em IA) e grupo 2 se maior ou igual a 10 anos de prática. Foi -lhes
sensibilização a ácaros verificou ‑se em 422 dtes (49%) dos quais pedido para escolherem qual a ITA a prescrever (nenhuma, só
199 (38%) eram monossensibilizados. A sensibilização a pólenes Gram, só Olea ou Gram+Olea) para cada doente, de acordo com
verificou se em 288 dtes (34%), 88 (17%) apenas sensibilizado a os resultados dos TCP e estudo in vitro.
estes. A dupla sensibilização ácaros -pólenes registou -se em 189 Resultados: Responderam ao inquérito 15 médicos (60% perten-
(22%). A sensibilização a epitélios e fungos ocorreu respetivamen- centes ao grupo 2). No quadro 1 estão indicadas a distribuição da
te em 100 (12%) e 42 (5%) dtes. Verificou ‑se que 4% apresentavam frequência das opções de ITA escolhidas. Tendo em conta os re-
sensibilização aos 4 grupos de alergénios (ácaros, pólenes, fungos, sultados das sIgE a escolha da ITA (grupo1/2) foi: nenhuma vacina
epitélios). Contabilizou -se a média de 58±23 dtes a iniciar trata- em 10%/3%; vacina de Gram em 50%/58%; vacina de Olea em
mento/ano. A prescrição incluiu 10 laboratórios, distribuídos com 5%/10% e Gram+Olea em 35%/30% dos doentes (p=0,42), sendo
as seguintes %: A -39,6; B -29,3; C -13,2; D -5,4; E -4,7; F -4,2; G -2,5; a concordância de resposta inter -grupos 70% (kappa 0,612). De
H ‑0,9; I ‑0,1 e J 0,1. Opção por extrato de modificação física (5%), acordo com os resultados das sIgE -CRD escolheram (grupo1/2):
físico -química (16%) e química (79%). O quadro 1 mostra a com- nenhuma vacina em 10%/13%; vacina de Gram em 63%/60%; vacina
posição da ITASC. de Olea em 10%/5% e Gram+Olea em 18%/23% dos doentes
Conclusão: Nesta população a sensibilização a ácaros foi predo- (p=0,79), com concordância inter -grupos de 78% (kappa 0,591).
minante sendo a vacina a ácaros a mais prescrita, seguiu -se a sen- Com base na moda de resposta para cada um dos doentes, após
sibilização a gramíneas com a respetiva vacina. A maioria da popu- a avaliação das sIgE -CRD foi alterada a escolha de ITA em 25% (10)
lação era polissensibilizada, no entanto na escolha da composição do painel de doentes.
prevaleceu a preferência por 1 grupo de alergénios, apenas 5%
tinha mais de um tipo de pólen e 4% pólenes+ácaros. A polissen-
sibilização é uma realidade e a escolha da composição da vacina
deve reger ‑se por critérios científicos e não pela disponibilidade
de misturas promovidas pelos laboratórios.
PO 33 – O contributo dos alergénios moleculares na
escolha de imunoterapia a gramíneas e oliveira
1
1
1,2
J Cosme , A Spínola -Santos , M Branco -Ferreira , S Lopes da
2,3
1
Silva , MC Pereira -Santos , M Pereira -Barbosa 1,2
1 Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Santa Maria, Centro
Hospitalar Lisboa Norte, Lisboa, PORTUGAL
2 Clínica Universitária de Imunoalergologia, Faculdade de
Medicina, Universidade de Lisboa, Lisboa, PORTUGAL
3 Laboratório de Imunologia Clínica, Instituto de Medicina
Molecular, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa,
Lisboa, PORTUGAL
Fundamentos: Nos doentes alérgicos a pólenes de gramíneas e
oliveira a determinação das IgE específicas para os componentes
moleculares dos alergénios (sIgE -CRD) pode ser considerada re-
levante para uma escolha precisa da composição/candidatos à
imunoterapia com alergénios (ITA).
Objetivos: Avaliação da utilidade da determinação das sIgE -CRD
em comparação com as sIgE para o extrato total (sIgE) na escolha
da composição/candidatos à ITA.
Métodos: Inquérito anónimo a médicos Imunoalergologistas (IA)
com um painel de resultados de TCP e de sIgE e sIgE -CRD de 40
doentes avaliados no 1.º semestre de 2017 em consulta de IA por
rinite alérgica persistente, moderada -grave. Estes doentes tinham
TCP positivos para gramíneas (Gram) e oliveira (Olea), sendo can-
didatos a ITA com pólenes, sem ITA prévia. Determinaram -se sIgE
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