Page 87 - RPIA_25-3
P. 87

XXXVIII REUNIÃO ANUAL DA SPAIC / RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES ORAIS E DOS POSTERS





          esporos de fungos. Os meses de Inverno apresentaram os níveis   reiro (10%). Em Fevereiro predominaram na atmosfera os pólenes
          mais baixos de esporos de fungos.                 Urtica membranacea e Cupressaceae. Nos meses de Março e Abril
          Conclusão: Este estudo veio salientar a importância da monito-  os pólenes de Urtica membranacea, Pinaceae, Cupressaceae e
          rização contínua dos esporos de fungos presentes na atmosfera   Platanus. Em Maio, Urtica membranacea, Parietaria, Poaceae, Be-
          de uma zona geográfica e contribuir para um melhor conhecimen-  tulaceae, Quercus e Pinaceae. Em Junho em particular os pólenes
          to e controlo da doença alérgica respiratória relacionada com   de Pinaceae, Poaceae e Arecaceae seguidos pelos pólenes de Pa-
          hipersensibilidade a fungos, uma vez que permitiu conhecer a fre-  rietaria, Plantago e Betulaceae. Os meses com menor quantidade
          quência diária, mensal e anual dos esporos fúngicos e a relação das   de pólen registado foram Novembro e Dezembro (0,8% e 0,6%,
          suas concentrações com as condições climáticas na região de   respetivamente).
          Lisboa durante o último triénio.                  Conclusão: Este estudo é relevante, uma vez, que se trata da
                                                            elaboração do primeiro e, até ao momento, único Calendário Po-
                                                            línico obtido para a ilha de S. Miguel. Em consequência, passou a
          PO 42 – Calendário polínico da Região Autónoma    conhecer -se os tipos de pólen e as suas concentrações por m3 de
          dos Açores, Portugal                              ar atmosférico, de forma temporal (mensal e anual), que se regis-
                        1,2
                1,2
                                 1,3
                                           1,4
                                                    1,5
          E Caeiro , R Ferro , C Nunes , I Camacho , MJ Pereira , R   tam na atmosfera da ilha. Dado que é baseado em mais de 10 anos
                      1,6
          Rodrigues -Alves , M Morais -Almeida 1,7          de monitorização de pólen atmosférico, considera ‑se fidedigno, e
          1   Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica   será uma ferramenta útil na prática da imunoalergologia contri-
           (SPAIC) – Grupo de Interesse de Aerobiologia, Lisboa,   buindo para a melhoria da qualidade de vida dos doentes com
           PORTUGAL                                         polinose da Região Autónoma dos Açores.
          2   Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas
           (ICAAM), Universidade de Évora, Évora, PORTUGAL
          3   Centro de Imunoalergologia do Algarve, Portimão,   PO 43 – Calendário polínico da Região de Trás -os -Montes
           PORTUGAL                                         e Alto Douro (interior norte, Portugal)
                                                                                   1,3
                                                                  1,2
                                                                          1,2
                                                                                         1,4
          4   Faculdade das Ciências da Vida, Universidade da Madeira,   E Caeiro , R Ferro , C Nunes , R Silva , M Morais-
           Funchal, PORTUGAL                                -Almeida 1,5
          5   Departamento de Biologia, Universidade dos Açores, Ponta   1   Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
           Delgada, PORTUGAL                                 – SPAIC – Grupo de Interesse de Aerobiologia, Lisboa,
          6   Hospital do Divino Espirito Santo, EPE, Ponta Delgada,   PORTUGAL
           PORTUGAL                                         2   Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas
          7   Centro de Alergia, Hospitais CUF -Descobertas e CUF Infante   – ICAAM, Universidade de Évora, Évora, PORTUGAL
           Santo, Lisboa, PORTUGAL                          3   Centro de Imunoalergologia do Algarve, Portimão,
                                                             PORTUGAL
          Objetivo: Elaborar o primeiro Calendário Polínico da Região Au-  4   Centro Hospitalar de Trás -os -Montes e Alto Douro, EPE, Vila
          tónoma dos Açores.                                 Real, PORTUGAL
          Metodologia: Para a realização deste estudo utilizaram -se as   5   Centro de Alergia, Hospitais CUF -Descobertas e CUF Infante
          concentrações médias diárias de pólen atmosférico, do período   Santo, Lisboa, PORTUGAL
          de amostragem de 2006 a 2016, da estação de monitorização de
          Ponta Delgada (37° 44’ 58’’ N, 25° 39’ 54’’ W), ilha de São Miguel,   Objectivo: Elaborar o calendário polínico da região de Trás -os-
          Arquipélago dos Açores da Rede Portuguesa de Aerobiologia   -Montes e Alto Douro.
          (RPA -SPAIC), A amostragem baseou -se no uso de um coletor de   Metodologia: No estudo usaram -se os dados diários das moni-
          bioaerossóis Burkard 7 -Day Recording Volumetric Spore Trap®.   torizações de pólen da estação de monitorização de Vila Real (41°
          A metodologia de processamento e análise das amostras a asso-  17’ 45’’ N, 7° 44’ 47’’ W) da Rede Portuguesa de Aerobiologia
          ciada a esse tipo de coletor é padronizada pela RPA -SPAIC.  (RPA -SPAIC) de 2012 a 2016. A metodologia utilizada foi a padro-
          Resultados: O índice médio anual de pólen foi de 8.662 ± 815   nizada pela RPA.
          grãos de pólen. No espectro polínico da atmosfera de Ponta Del-  Resultados: No período analisado observaram -se variações sa-
          gada predominaram os seguintes tipos de pólen: Urticaceae (35%,   zonais e interanuais no conteúdo e nos níveis de pólen presentes
          com Urtica membranacea e Parietaria a representarem 25% e 10%,   na atmosfera. O índice médio anual de pólen foi de 42.432 ± 12.285
          respetivamente), Poaceae (15%), Pinaceae (12%), Arecaceae e   grãos de pólen, o índice mais elevado registou -se em 2015 (64.287
          Cupressaceae (8%), Plantago (5%), Betulaceae (3%), Quercus e   grãos de pólen) e o mais baixo em 2014 (34.790 grãos de pólen).
          Platanus (2%), Myrtaceae, Castanea sativa, Amaranthaceae e As-  Os tipos polínicos que mais contribuíram para o espectro polínico
          teraceae (1%). A grande maioria do pólen total coletado (88%) foi   da atmosfera de Vila Real foram os seguintes: Cupressaceae (23%),
          coletado entre Fevereiro e Julho. O mês de Junho foi o mês em   Poaceae (15%), Pinaceae (14%), Quercus (13%), Urticaceae (7%,
          que se registou uma maior quantidade de pólen no ar (23% do   com Urtica membranacea e Parietaria a representarem 1% e 6%,
          total anual coletado); os meses seguintes foram por ordem decres-  respetivamente), Olea europaea e Castanea sativa (6%), Betulaceae
          cente: Maio (15%), Março (14%), Abril (14%), Julho (12%) e Feve-  (4%), Rumex, Plantago e Platanus (2%). 96% do pólen total foi


                                                                                                              213

                                             REVIST A POR TUGUESA DE IMUNO ALERGOLOGIA
   82   83   84   85   86   87   88   89   90   91   92