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XXXVIII REUNIÃO ANUAL DA SPAIC / RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES ORAIS E DOS POSTERS





          83 ‑96%) e a especificidade de 77% (IC95%: 68 ‑94%). Assumindo a   PO 39 – Perfil de sensibilização cutânea e níveis
          frequência de 75% de RA nestes doentes, o NPV foi de 74% e o   aerobiológicos de pólenes de árvores em Coimbra
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          PPV de 92%. A idade e o sexo não se associaram à possibilidade de   A Moura , I Alen , M Alves , C Ribeiro , A Todo Bom , E Faria 1
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          resultados discordantes Phadiatop®/TCP (p>0,05).  1   Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra,
          Conclusões: A sensibilidade e especificidade do Phadiatop® ob-  PORTUGAL
          servadas são similares à evidência atual. Em doentes com elevada
          suspeição clínica de rinite alérgica o ImmunoCAP Phadiatop® é   Introdução: O conhecimento dos níveis polínicos associado ao
          um método de rastreio aceitável, mas não exclui totalmente a   perfil de sensibilização a aeroalérgenos são instrumentos funda-
          possibilidade de sensibilização a aeroalergénios num número sig-  mentais para uma abordagem integrada da doença alérgica.
          nificativo de doentes.                            Objetivo: Estudar o perfil de sensibilização cutânea a pólenes de
                                                            árvores em adolescentes e adultos com asma, rinite, conjuntivite
                                                            e/ou eczema, que recorreram à consulta de Imunoalergologia do
          PO 38 – Check -up alergias – aeroalergénios em análise  CHUC durante o ano de 2016, e, correlacionar com os níveis
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          R Oliveira , R Brás , M Branco Ferreira , E Pedro , M Barbosa 1  aeropalinológicos de árvores em Coimbra no mesmo ano.
          1   Serviço de Imunoalergologia, Centro Hospitalar Lisboa Norte,   Metodologia: Estudo retrospetivo do registo de sensibilização
           Lisboa, PORTUGAL                                 dos doentes que efetuaram testes cutâneos por picada (TCP) com
                                                            bateria padrão de aeroalergénios proposta pelo GA2LEN, que
          Objetivos: No presente trabalho pretendeu -se analisar os resulta-  incluiu as seguintes árvores: aveleira, amieiro, bétula, plátano, ci-
          dos dos testes cutâneos em picada realizados no Check -Up Alergias   preste, oliveira, carvalho, salgueiro, pinheiro, castanheiro, tília e
          que decorreu na Gare do Oriente de 4 a 6 de Novembro de 2016   choupo. Os TCP com pápula de diâmetro médio igual ou superior
          no âmbito do Dia Nacional do Rastreio, com vista a avaliar a preva-  a 3 mm foram considerados positivos. Efetuada análise do registo
          lência da sensibilização a cada alergénio na amostra em estudo, e a   do número de grãos de pólen por metro cúbico de ar obtidos pelo
          sua relação com a presença de sintomatologia sugestiva de doença   polinómetro da estação de monitorização de Coimbra e fornecidos
          alérgica, nomeadamente rinite, rinoconjuntivite e asma.  pela Rede Portuguesa de Aerobiologia -SPAIC.
          Metodologia: Analisaram -se 275 inquéritos de pessoas que volun-  Resultados: Dos 1771 registos de TCP, 68% eram do sexo femi-
          tariamente participaram no rastreio, excluindo -se 26 por medicação   nino, com uma média de idades de 39 anos (máx. 84, min. 12).
          que contraindicava a realização de testes cutâneos ou negatividade   Quanto à sensibilização cutânea, 61% estavam sensibilizados a pelo
          do controlo positivo. Foram testados os aeroalergénios: D. pteronys-  menos um aeroalergénio, 43% a pelo menos um tipo pólen (árvo-
          sinus, Alternária, Pólen de Gramíneas, Parietária e Oliveira e Epitélio   res ou ervas) e 34% a pelo menos um pólen de árvores (42%
          de Gato. Consideraram -se positivas as pápulas superiores a 3mm   monossensibilizados, 58% polissensibilizados). Por ordem decres-
          em relação ao controlo negativo. O inquérito aplicado foi o mesmo   cente, a sensibilização a árvores foi a seguinte: oliveira (41%), sal-
          utilizado em rastreios prévios da SPAIC. Consideraram -se sintomas   gueiro (27%), tília (27%), carvalho (24%), pinheiro (19%), choupo
          sugestivos de rinite, rinoconjuntivite e asma, respetivamente: crises   (18%), castanheiro (17%), amieiro (15%), bétula (14%), plátano
          de espirros, corrimento nasal ou nariz entupido na ausência de cons-  (14%), cipreste (12%) e aveleira (11%). Relativamente às contagens
          tipação; olhos lacrimejantes e com comichão; pieira ou sibilos no   polínicas, a concentração total de grãos de pólenes em Coimbra
          peito.
          Resultados: A amostra em estudo foi composta por 177 mulheres
          e 72 homens, tendo sido os grupos etários dos 20 -39 anos e dos
          40 -59 anos os mais representados. Obtiveram -se 99 testes cutâneos
          positivos, correspondendo a cerca de 40% da amostra em estudo.
          51% dos indivíduos com testes cutâneos positivos apresentaram
          sensibilização a apenas um alergénio. D. pteronyssinus foi o mais
          frequente, tanto nos mono como nos polissensibilizados, com posi-
          tividade em 31% dos indivíduos. Gramíneas e Oliveira foram os se-
          gundos mais comuns nos indivíduos com rinite e rinoconjuntivite, e
          Gato e Alternária foram os segundos mais frequentes nos com sin-
          tomas de asma. Os indivíduos com sensibilização a Alternária e Gato
          apresentaram mais diagnóstico prévio de rinite. Os indivíduos polis-
          sensibilizados demonstraram maior impacto nas atividades de vida
          diária (AVD).
          Conclusões: A realização de rastreios permite sensibilizar a popu-
          lação e recolher dados epidemiológicos. Deve -se considerar o pos-
          sível viés de seleção da amostra. D. pteronyssinus foi o alergénio mais
          frequente. A polissensibilização a alergénios parece estar relacionada
          com maior impacto nas AVD dos indivíduos afetados.


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                                             REVIST A POR TUGUESA DE IMUNO ALERGOLOGIA
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