Page 60 - SPEMD_63-SUPL1
P. 60

58                      rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2021;63(S1):53-62


           #SPODF2021‑13 Extração de incisivo inferior        uma mordida cruzada posterior bilateral, relação basal sagital
                                  ®
           em tratamento com Invisalign  – Caso clínico       neutra, normodivergencia e uma relação dentária sagital neu-
                                                              tra. Foi projetado um disjuntor convencional modificado com
           Tiago Bessa Martins, Joana Correia Silva
                                                              bandas nos primeiros molares e apoio para dois mini-implan-
                                                                                        ®
           Universidade Fernando Pessoa                       tes (VectorTAS Mini-srew Ormco ) paramedianos, posiciona-
                                                              dos com o auxílio do CBCT. Foram feitas ativações diárias no
                                        ®
             Introdução: O sistema Invisalign  é uma alternativa ao   parafuso de ¼ de volta (0.25 mm), durante sensivelmente 28
           tratamento ortodôntico convencional. O desenvolvimento   dias. Foi realizado um controlo semanal para observação clí-
           contínuo deste sistema permitiu a sua utilização em casos   nica. Realizaram-se CBCTs pré e pós disjunção. Discussão:
           mais complexos envolvendo extrações dentárias (Papadimi-  Vários estudos indicam menor previsibilidade da expansão
           triou et al., 2018). O presente caso foi tratado com recurso à   ortopédica após os 15 anos de idade sendo, por vezes, neces-
           exodontia de um incisivo inferior, e resolvido com alinhadores.   sário recorrer a SARPE. Foram realizadas expansões rápidas do
           (Giancotti, Garino and Mampieri, 2015). Descrição do caso clí‑  palato assistidas por mini-implantes, em duas pacientes que
           nico: Paciente do sexo feminino com 24 anos, apresenta má   apresentavam discrepância transversal basal. A expansão or-
           oclusão de classe I dentária, padrão esquelético normal e api-  topédica maxilar foi alcançada, com inclinação vestibular mí-
           nhamento dentário inferior moderado a severo. Adicionalmen-  nima dos segmentos posteriores. Conclusões: A incorporação
           te, a paciente exibe padrão mesofacial e biótipo gengival fino.   de mini-implantes num disjuntor do palato modificado para
           Discussão: Os cuidados a ter quando se procede à exodontia   a correção da displasia transversal maxilar foi eficaz nos dois
           de um incisivo inferior são a proteção da função canina, evitar   casos clínicos apresentados, mostrando poder ser uma opção
           a mesialização dos caninos e procurar manter o overjet. No   a considerar em jovens adultos
           presente caso foram utilizados 50 alinhadores no plano inicial   http://doi.org/10.24873/j.rpemd.2022.12.1022
           sendo pedidos adicionalmente dois refinamentos de 10 alinha-
           dores cada um. Foi mantida a classe I molar a classe I canina
           e o periodonto do paciente não revelou alterações relevantes.   #SPODF2021‑15 Caninos inclusos – caso clínico
           O overjet revelou-se ligeiramente aumentado 3,5 mm confor-
           me previsto no início do tratamento. Conclusões: O sistema   Vanda Urzal, Afonso Pinhão Ferreira
           Invisalign® está indicado em casos de classe I dentária, em   Faculdade Fernando Pessoa, Faculdade de Medicina Dentária
           adultos, que apresentem apinhamento dentário inferior a 6   da Universidade do Porto
           mm. No presente caso foi possível manter a neutro-oclusão
           protegendo o periodonto do paciente.                  Introdução: Vários fatores etiológicos locais, sistémicos e
           http://doi.org/10.24873/j.rpemd.2022.12.1021       genéticos estão na base da impactação dos caninos. É o segun-
                                                              do dente, depois dos terceiros molares a apresentar impacta-
                                                              ção e a sua prevalência varia de 1 a 4%. Afeta 2% da população
           #SPODF2021‑14 Disjunção maxilar com                e duplica no sexo feminino. A sua incidência é duas vezes
           ancoragem esquelética temporária: Casos clínicos   maior na maxila em relação à mandibula e só 8% de todas as
                                                              impactações são bilaterais. A posição palatina é dois terços
           Vanda Martins Ventura, Maria de Fátima Martins, Hélder
                                                              mais prevalente que a vestibular. São duas as teorias para a
           Nunes Costa, François Durand Pereira, Pedro Mariano Pereira
                                                              erupção palatina: a teoria da guia eruptiva e a teoria genética.
           Departamento de Ortodontia, Instituto Universitário Egas   O diagnóstico diferencial em relação à sua etiologia, à sua po-
           Moniz                                              sição ou à sua forma, entre outros, são fatores importantes
                                                              para o estabelecimento quer do prognóstico ortodôntico, quer
             Introdução: A discrepância transversal do maxilar é co-  da terapêutica a adotar, e a atuação na dentição mista pode
           mum e sub-diagnosticada, sendo um procedimento previsível   abreviar o tempo de tratamento. A percentagem de reabsorção
           em pacientes pré-púberes. Em pacientes adultos, o recurso a   nos incisivos laterais causada pela impactação varia de 38% a
           disjunção do maxilar assistida cirurgicamente (SARPE) tem   66,7%. Também existe associação com a má oclusão de Classe
           sido o tratamento de escolha para resolver a grande resistên-  II Div. 2. Descrição do caso clínico: Uma paciente com 12 anos,
           cia esquelética dos ossos circum-maxilares. A utilização de um   apresentava ausência dos caninos superiores e persistência do
           elemento rígido que transfira a força de expansão diretamen-  dente 63. A principal queixa foi a ausência dos caninos com
           te ao osso basal permite a disjunção em jovens adultos. Para   comprometimento do sorriso. Após exame clínico e radiogra-
           esse fim, um expansor palatino rápido assistido por mini-im-  fico observou-se que os caninos definitivos estavam inclusos
           plantes (MARPE) modificado foi projetado. Pretende-se relatar   com a raiz já formada e as coroas além de muito próximas ao
           dois casos clínicos, mostrando os efeitos do tratamento e a   terço superior da raiz dos incisivos centrais, tinham um ângu-
           estabilidade do MARPE modificado, em dois pacientes jovens   lo beta de aproximadamente 45º. Optou-se por tracionar os
           adultos com endognatia maxilar. Descrição do caso clínico:   dois caninos, após cirurgia para colocação dos respetivos bo-
           Duas jovens adultas, sem elementos de relevo na história geral   tões, uma vez que existia tendência para Classe III esquelética,
           e dentária, revelavam endognatia maxilar. O caso A, com 15   facto patente na progenitora. Efetuou-se o tratamento orto-
           anos de idade, apresentava uma relação basal sagital mesial,   dôntico e concluiu-se o caso em neutroclusão.  Discussão: Os
           normodivergencia, relação dentária sagital mesial e mordida   caninos inclusos/impactados muitas vezes requerem uma
           cruzada anterior. O caso B, com 17 anos de idade apresentava   estratégia de tratamento multidisciplinar. Isto porque se a sua
   55   56   57   58   59   60   61   62   63   64   65