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Revista Portuguesa de Estomatologia,
Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2017;58(2):118-125
Investigação original
Padrão da mastigação dos respiradores orais
antes e depois da disjunção do maxilar superior
a,
a
Silvia F. Hitos *, Dirceu Solé , Mário Cappellette Junior b
a Disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia, Departamento de Pediatria, Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista
de Medicina, São Paulo, Brasil.
b Setor de Ortodontia e Ortopedia Facial Centro do Respirador Bucal na Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica (UNIFESP), São Paulo, Brasil.
informação sobre o artigo r e s u m o
Historial do artigo: Objetivo: Comparar o tipo mastigatório antes e depois da disjunção maxilar.
Recebido a 8 de julho de 2016 Métodos: A mastigação de trinta e um pacientes, com 7 a 14 anos, foi avaliada com auxílio
Aceite a 5 de janeiro de 2017 de filmagem. O tipo mastigatório, os movimentos mandibulares e a velocidade de mastiga-
On-line a 16 de Maio de 2017 ção foram comparados antes e depois da disjunção maxilar. Os achados anteriores a disjun-
ção maxilar também foram comparados entre si separadamente dos achados obtidos após
Palavras-chave: a disjunção maxilar nos diferentes tipos mastigatórios. Foram utilizados os testes não pa-
Expansão maxilar ramétricos de Wilcoxon e de Mann Whitney.
Mastigação Resultados: Antes da disjunção maxilar 41,9% apresentaram mastigação Bilateral alternada,
Respiração bucal 58,1% unilateral preferencial (66,7% à direita). Após a disjunção maxilar 64,15% apresentaram
o tipo bilateral alternado, 19,4% unilateral preferencial, os demais apresentaram mastigação
unilateral crónica. Não foi observada modificação significativa no número de ciclos, na
velocidade mastigatória, nem na quantidade de movimentos mandibulares comparando os
achados obtidos antes com os achados após a disjunção maxilar, mas verificou-se um de-
créscimo significativo em movimentos mandibulares sem componente rotatório quando
comparados os tipos bilateral alternado e unilateral preferencial. Indivíduos com mastigação
bilateral alternada apresentaram um aumento significativo nos movimentos mandibulares
durante a execução da função mastigatória depois de realizada a disjunção maxilar
Conclusões: Embora modificações na mastigação não tenham sido significantes estatistica-
mente, as mesmas devem ser valorizadas clinicamente. Os resultados sinalizam uma con-
dição mais favorável na execução da função mastigatória em respiradores orais, tratados
ortodonticamente, e que apresentavam mastigação bilateral alternada antes da disjunção
do maxilar superior. (Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac. 2017;58(2):118-125)
© 2017 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária.
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(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
* Autor correspondente.
Correio eletrónico: Sihitosfono@hotmail.com (Silvia Hitos).
http://doi.org/10.24873/j.rpemd.2017.05.003
1646-2890/© 2017 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. Published by SPEMD.
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