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122 rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2017;58(2):118-125
Tabela 2. Número de ciclos irregulares segundo o momento e o grupo de mastigação.
Grupo Momento n Média dp Mediana Mínimo Máximo p*
Pré 18 1,78 2,21 1,00 0,00 8,00
Preferencial 0,556
Pós 18 1,39 1,04 1,00 0,00 3,00
Pré 13 1,85 2,23 1,00 0,00 8,00
Bilateral 0,043
Pós 13 3,00 2,24 3,00 0,00 8,00
(*)nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Wilcoxon
Tabela 3. Número de ciclos de outros movimentos (média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo) segundo o
momento e o tipo mastigatório.
Grupo Momento n Média dp Mediana Mínimo Máximo p*
Pré 18 17,28 9,87 16,50 6,00 51,00
Preferencial 0,043
Pós 18 12,72 6,13 12,50 4,00 26,00
Pré 13 18,23 7,77 16,00 9,00 32,00
Bilateral 0,460
Pós 13 19,15 8,07 19,00 5,00 37,00
(*)nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Wilcoxon
Tabela 4. Total de movimentos segundo o momento e o tipo de mastigação.
Grupo Momento n Média dp Mediana Mínimo Máximo p*
Pré 18 49,50 13,54 46,50 25,00 84,00
Preferencial 0,344
Pós 18 46,22 9,79 47,50 27,00 61,00
Pré 13 54,15 10,65 56,00 32,00 74,00
Bilateral 0,327
Pós 13 56,15 7,43 55,00 47,00 71,00
(*)nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Wilcoxon
Tabela 5. Número de ciclos verticais segundo o momento e o tipo de mastigação.
Grupo Momento n Média dp Mediana Mínimo Máximo p*
Pré 18 2,94 3,44 2,50 0,00 13,00
Preferencial 0,183
Pós 18 1,67 1,53 2,00 0,00 5,00
Pré 13 4,08 5,47 4,00 0,00 20,00
Bilateral 0,574
Pós 13 4,62 3,86 4,00 0,00 11,00
(*)nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Wilcoxon
Ainda entre os momentos pré e pós-DM, observou-se um la 5), irregulares (p=0,018) (Tabela 2) e no número total de
aumento estatisticamente significativo nos movimentos man- outros movimentos (p=0,028) (Tabela 3).
dibulares irregulares no tipo BA (Tabela 2) e quanto ao núme-
ro total de outros movimentos um decréscimo significativo no
tipo UP (Tabela 3). Discussão
Quando comparadas as mesmas grandezas: número total de
ciclos mastigatórios, velocidade mastigatória, número total de Em geral, espera-se que os pacientes respiradores orais com
movimentos mandibulares, quantidade de movimentos rotatóri- atresia maxilar apresentem alterações na função masti-
os, ipsilaterais e diagonais, verticais, e percentagem de movimen- gatória, pois o enfraquecimento dos músculos mastigatórios,
tos rotatórios na amostra total de movimentos mandibulares, o ressecamento da cavidade oral, a necessidade de usar a
nos tipos mastigatórios BA e UP antes da disjunção maxilar, não boca para respirar, desequilíbrio na dimensão vertical e a di-
foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. O minuição na área de contacto oclusal 20,21 afetam a masti-
mesmo aconteceu quando comparados os resultados obtidos nos gação e geram adaptações.
tipos mastigatórios após a disjunção maxilar. Sabendo que a disjunção maxilar possibilita ganho na di-
O tipo BA apresentou, no momento pós-DM, um aumento mensão transversal da maxila, melhoria da respiração 26-34 e
nas quantidades de movimentos mandibulares (p=0,005) (Ta- modifica a relação intermaxilar esperava-se uma modificação
bela 4), no número de movimentos verticais (p-0,042) (Tabe- no desempenho mastigatório significativa.

