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Cristina Lopes, Catarina Tavares, Inês Rolla, Ernestina Gomes





            tomar as medidas de suporte básico de vida adequadas   Tratamento das reações de hipersensibilidade
            ao caso clínico.
                                                              Ligeiras
            Tratamento das reações quimiotóxicas                 Perante uma reação ligeira devem ser tomadas as me-
               O tratamento destas reações é sintomático e dirigido   didas universais, monitorização e vigilância já descritas. Os
            ao tipo de reação.                                fármacos anti -histamínicos indicados são não sedativos
               Como a maior parte das vezes o que acontece é uma   (Quadro 3) ou no caso de impossibilidade de via oral pode
            reação ligeira, está indicado manter vigilância do doente   usar -se por exemplo a clemastina (a dose no adulto são os
            no serviço de imagiologia até 30 minutos após a resolução   2 mg IV ou IM; na criança a dose correta é de 0,025mg/kg/
            dos sintomas.                                     dose IM. ou EV (até um máximo de 2 mg) (ver Quadro 4).
               Se a reação for moderada ou grave deve envolver -se
            a equipa de emergência interna, que fará o tratamento   Moderadas ou graves
            dirigido. Neste caso a vigilância deverá ser estendida até   É provável estarmos perante uma reação de hiper-
            às 8 horas, em regime de internamento.            sensibilidade moderada ou grave quando  um  doente





            Quadro 4. Fármacos utlizados no tratamento das reações de hipersensibilidade

                                                      ADRENALINA
                                 (administrar sempre por via IM – dose por peso – 0,01mg/kg/dose)
              Adulto e criança com mais de 12 anos – administrar uma dose inicial de 0,5 mg de adrenalina IM (0,5 ml de 1 ampola de 1 mg/ml =
              = 0,5 mg = 500 mcg). Podem ser administradas doses adicionais com intervalos de cerca de 5 minutos até 3 doses.
              Crianças com idade entre 6 e 12 anos – administrar uma dose inicial de 0,3 mg de adrenalina IM (0,3 ml de 1 ampola de 1 mg/ml =
              = 0,3 mg = 300 mcg).
              Crianças com menos de 6 anos – administrar uma dose inicial de 0,15 mg de adrenalina IM (0,15 ml de 1 ampola de 1 mg/ml =
              = 0,15 mg = 150 mcg).
                                                      Adrenalina IV
                (apenas em caso de ausência de resposta a adrenalina IM e por médico com experiência na sua utilização)
              (diluir uma ampola de adrenalina (1mg/ml) até 100 ml de soro fisiológico – fica uma concentração de 10ug/ml)
              Adulto: Bólus de 20 a 50 ug repetidos a cada 1-2 minutos, se necessário; perfusão de 0,1-1ug/kg/min, pode ser usada a mesma diluição
              Pediatria: infusão contínua 0,1-1ug/kg/min. Bólus IV não aplicável.

                                                         Fluidos
              Adulto – bólus rápido de fluidos IV (500-1000 ml de cristaloide), se necessário administrar doses adicionais.
              Crianças – bólus de fluidos IV (20 ml/kg de cristaloides).


                                                     Outros fármacos
              Clemastina – 0,025 mg/kg/dose EV/IM (máximo – 2 mg)
              Hidrocortisona – adulto – 200 mg; crianças – 4 mg/kg
              Glucagon (resistência à adrenalina nos doentes beta-bloqueados) – bólus de 30 ug/kg/dose IV até ao máximo de 1 mg
              (pode ser repetido a cada 5min).
              Perfusão contínua 5-15ug/min (diluir uma ampola até 100ml de soro fisiológico (10ug/ml)).



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            REVIST A POR TUGUESA DE IMUNO ALERGOLOGIA
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