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CAMPANHA “VENCER A ASMA 2017”:
UM RASTREIO EM 8 CIDADES PORTUGUESAS / ARTIGO ORIGINAL

Quadro 4. Resultados do questionário aplicado aos participantes, por Asma ao longo da vida, Diagnóstico de Asma, Asma atual e
Presença de sintomas

Asma ao longo da vida Diagnóstico de asma Asma atual Presença de sintomas
(n=299) (n=181) (n=212) (n=262)
N (% total %(IC 95 %) b N (% total % (IC 95 %) N (% total % (IC 95 %) N (% total % (IC 95 %)
amostra) a amostra) amostra) amostra)
Asma (autorreportada) * * * 141 (13,0) 53,8 (47,7-60,0)

Sintomas respiratórios <12 meses 212 (19,5) 71,1 (66,0-76,3) 142 (13,1) 78,5 (72,4-84,5) * *
Prevalência de sintomas
Pieira e dispneia concomitantes 171 (15,7) 80,3 (74,9-85,7) 120 (11,0) 83,9 (77,8-90,0) 171 (15,7) 80,7 (75,3-86,0) *
Sibilância na ausência de infeção respiratória 168 (15,5) 78,9 (73,3-84,4) 116 (10,7) 81,1 (74,6-87,6) 168 (15,5) 79,2 (73,7-84,7) *

Medicação
Asma 181 (16,7) 60,5 (54,9-66,1) * 142 (13,1) 67,0 (60,6-73,4) 101 (9,3) 71,6 (64,1-79,2)
Patologia respiratória 190 (17,5) 63,8 (58,3-69,3) 175 (16,1) 96,7 (94,1-99,3) 148 (13,6) 69,8 (63,6-76,0) 131 (12,1) 50,0 (43,9-56,0)

Hospitalizações por asma 80 (7,4) 26,8 (21,7-31,8) 58 (5,3) 32,0 (25,2-38,9) 62 (5,7) 29,2 (23,1-35,4) 48 (4,4) 34,0 (26,1-42,0)
Exames funcionais respiratórios
Sabe o que é uma espirometria? 203 (18,7) 70,2 (64,9-75,5) 141 (13,0) 80,6 (74,7-86,5) 148 (13,6) 72,5 (66,4-78,7) 150 (13,8) 59,5 (53,4-65,6)
Já fez alguma? 201 (18,5) 69,6 (64,2-74,9) 140 (12,9) 80,0 (74,0-86,0) 147 (13,5) 72,1 (65,8-78,3) 142 (13,1) 56,1 (50,0-62,3)

Execução de espirometria 208 (19,2) 69,6 (64,3-74,8) 121 (11,1) 66,9 (60,0-73,8) 154 (14,2) 72,6 (66,6-78,7) 208 (19,2) 79,4 (74,5-84,3)
Resultado
Alterada 93 (8,6) 44,9 (38,1-51,8) 66 (6,1) 55,0 (46,0-64,0) 78 (7,2) 51,0 (43,0-59,0) 99 (9,1) 47,6 (40,8-54,4)
b
a Frequência absoluta correspondente ao N total de participantes. Frequência relativa e respetivo intervalo de confiança
considerando apenas os participantes que responderam a cada uma das questões. * Variáveis utilizadas na definição do grupo.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS justificar que a maioria da população inquirida seja pro-
veniente desta região.
O rastreio foi realizado num grande número de indi- Tal como em estudos semelhantes 2,3,14 , os participan-
víduos das várias regiões de Portugal continental e teve tes do género feminino (62,4 %) tiveram maior adesão à
como objetivo aumentar a consciencialização da popula- iniciativa.
ção para as doenças respiratórias, no geral, e para a asma, O presente estudo revelou que 28,0 % (IC95 % 25,3-
em particular. A inclusão de um inquérito associado à 30,7) dos participantes reportaram asma. No entanto,
realização de um estudo da função respiratória permitiu este resultado não pode ser diretamente comparado com
caracterizar a população rastreada de uma forma com- cálculos de prevalência anteriormente realizados. A ele-
preensiva. vada percentagem encontrada poderá, pelo menos em
Durante o rastreio foram fornecidos ensinos à popu- parte, ser explicada pelo facto de a pergunta 1 incluir
lação, foram feitas recomendações clínicas e feito encami- todos os indivíduos que, em qualquer altura da sua vida,
nhamento para o médico assistente sempre que indicado. tiveram o diagnóstico de asma, e não apenas indivíduos
No que respeita à avaliação por região, deve ter-se com doença ativa. Já com a análise das variáveis secundá-
em conta que 50 % das cidades onde o rastreio foi reali- rias, “asma ao longo da vida”, “diagnóstico de asma”, “asma
zado localizavam-se na região Norte do país, o que pode atual” e “presença de sintomas”, foi possível verificar que

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REVIST A POR TUGUESA DE IMUNO ALERGOLOGIA