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CAMPANHA “VENCER A ASMA 2017”:
UM RASTREIO EM 8 CIDADES PORTUGUESAS / ARTIGO ORIGINAL

RESULTADOS em conta os parâmetros avaliados. Os indivíduos com
alteração dos parâmetros na espirometria simples foram
Aderiram à campanha “Vencer a Asma” um total de encaminhados para o seu médico assistente.
1086 indivíduos. A média de idades dos participantes foi O Quadro 3 sintetiza as características sociodemo-
de 52,5 ±19,7 anos [5-93]; 62,4 % do género feminino e gráficas das cinco variáveis construídas. A criação de
94,7% de raça caucasiana. O grupo etário mais preva- variáveis permitiu identificar e caracterizar os partici-
lente (65,7 %) foi o compreendido entre os 18-65 anos. pantes em diferentes subgrupos. Esta análise permitiu
A maioria dos participantes eram não fumadores (61,0 %; identificar: 299 (28 %; IC95% 25,3-30,7) participantes
IC95 % 58,2-64,0); 20,6 % (IC95 % 18,1-25,0) dos parti- com “asma ao longo da vida”; 181 (16,9 %; IC95 % 14,7-
cipantes eram fumadores e 18,4 % (IC95 % 16,0-20,7) -19,2) participantes com “diagnóstico de asma”; 212
ex-fumadores. Dos fumadores, o número médio de ci- (19,9 %; IC95 % 17,5-22,2) participantes com “asma atual”
garros/dia foi de 8,1±4,5 e a mediana de anos de hábitos e 262 (52,6 %; IC95 % 48,2-57,0) participantes com sin-
tabágicos de 7. A região Norte registou a maior percen- tomas. O Quadro 4 sistematiza os resultados obtidos
tagem de participantes (62,6 %), seguida da região de para cada uma das variáveis criadas.
Lisboa e Vale do Tejo com 20,4 % e da região Centro
com 16,9 %. O Quadro 1 sistematiza as características
Quadro 1. Caracterização dos participantes (n=1086)
sociodemográficas dos 1086 participantes.
Dos 1086 participantes, 299 (28,0 %; IC95 % 25,3- N (%)
30,7) declararam asma (autorreportada), 498 (46,6 %; Regiões
IC95 % 43,6-49,6) mencionaram sintomas respiratórios Norte 680 (62,6)
Braga 84 (7,7)
nos últimos 12 meses; pieira e dispneia concomitante Gaia 207 (19,1)
reportadas em 345 (69,3 %; IC95 % 65,2-73,3) partici- Maia 199 (18,3)
pantes e sibilância na ausência de infeção respiratória Porto 190 (17,5)
Centro 184 (16,9)
em 337 (67,7 %; IC95 % 63,5-71,8); 181 (60,5 %; IC95 % Coimbra 97 (8,9)
55,0-66,1) participantes afirmaram estar sob medicação Viseu 87 (8,0)
Lisboa e Vale do Tejo 222 (20,4)
para a asma. De salientar que, quando inquiridos no- Almada 78 (7,1)
vamente (pergunta 7), 249 (23,3 %; IC95 % 20,8-25,9) Lisboa 144 (13,2)
participantes referiram estar a tomar medicação para Géneros
patologia respiratória. Dos participantes, 80 (26,8 %; Feminino 678 (62,4)
Masculino 408 (37,6)
IC95 % 21,7-31,8) referiram hospitalização por asma.
O Quadro 2 sintetiza os resultados obtidos para cada Grupos etários
<18 Anos 60 (5,5)
uma das questões aplicadas. 18-65 Anos 713 (65,7)
Quando questionados sobre o conhecimento de exa- >65 Anos 313 (28,8)
mes funcionais respiratórios (EFR), apenas 433 partici- Raças
pantes (42,5 %; IC95 % 39,5-45,5) referiram saber em que Caucasiana 1028 (94,7)
Negra 49 (4,5)
consistia uma espirometria, 384 (37,7 %; IC95 % 34,7-40,7) Outra 9 (0,8)
já tinham realizado pelo menos uma.
Hábitos tabágicos
No total, 549 participantes (50,6 %; IC95 % 47,6-53,5) Fumador 223 (20,5)
realizaram espirometria simples e, destes, 186 (34,1 %; Não fumador 663 (61,0)
Ex-fumador 199 (18,3)
IC95 % 30,1-38,1) apresentaram valores alterados, tendo

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